Mais algumas...

Monark Galaxia 67, Hercules aro 28, Monark Copa do Mundo 1962, Hermes de Luxo 1955, Dürkopp 1948 Dame Modell, Miele 1936 Dame aro 28, Monark São Paulo 1961 aro 28.















“RESTAURAR OU NÃO RESTAURAR: EIS A QUESTÃO”

Colecionar bicicletas antigas está cada vez mais comum. Sejam bicicletas adquiridas recentemente, ou heranças do avô, do pai, dos tios, preservar está na moda. Com isso o número de exemplares antigos restaurados, recuperados, ou reativados, cresce. Muitas bicicletas até então esquecidas, são procuradas e voltam a circular. Voltando à cena, essas bicicletas levantam uma questão na cabeça de seus donos: restaurar ou não?

Alemã década de 1930, feito apenas limpeza, revisão mecânica e instalação de acessórios e peças que faltavam. Uma jóia preservada em sua originalidade, mas com marcas do tempo.

Dos muitos contatos que recebo, cresce o número de donos que tem verdadeiras jóias nas mãos e não sabem. Seja pela raridade ou estado de conservação! Porém, muitos me procuram pedindo orçamentos de restaurações ou apenas pinturas. Surpreendente que muitas destas bicicletas não precisariam de restauração nenhuma, mas sim, apenas de uma boa limpeza, polimento e revisão mecânica.

Onde não há mais sinais da originalidade: sim, restaurar!

Por exemplo, um rapaz herdou uma bicicleta Hermés sueca da década de 1950. Mandou-me fotos e pediu um orçamento de restauração. A bicicleta em questão estava em seu estado original. Claro, a pintura tinha riscos, descascados, partes opacas, ralados... Os cromados não reluziam como outrora, havia ferrugem em muitas peças. O banco original de couro preto estava ressecado e com rasgos. Os decalques originais estavam visíveis ainda na pintura...Como trabalhar em cima de uma peça desta?

A meu ver, uma bicicleta como a descrita é intocável. Ela está original, mais de 75% de sua pintura, cromados, etc., está visível. Bastaria uma boa limpeza, polimento, uma graxa nova nas caixas. É uma peça histórica, com as marcas do tempo. Uma bicicleta como esta NÃO PRECISA DE RESTAURAÇÃO, mas sim de preservação! Ela será reativada e, daqui em diante, tratada com mais carinho.

Limpeza, polimento, revisão mecânica e uma demãos de verniz para "parar" a ferrugem: originalidade preservada!

A pergunta que fica é: até que ponto vale a pena somente reativar (preservando o estado original), ou restaurar tudo? Minha opinião: bom senso! Em alguns casos há ferrugem atacando muito severamente peças estruturais, fazendo-se necessária uma intervenção se queremos que a bicicleta sobreviva... Em outros casos a ferrugem é superficial. Outras é apenas sujeira... Pense bem antes de mandar sua bicicleta para um profissional que tocará em algo intocável. Restaure, mas peças já muito mexidas, cuja originalidade se perdeu, peças trocadas. Preserve algo que está ainda em sua originalidade!